Comunicação com meus adolescentes, o que mudou?

A família é a primeira e mais importante escola onde aprendemos a nos comunicar. Como família, estabelecemos normas de comunicação e todos os membros aprendem a cumpri-los desde tenra idade para compreensão e boa harmonia familiar, bem como para satisfazer as necessidades de todos os membros. Mas quando as crianças chegam à adolescência, percebemos que algo mudou.

Mudanças na comunicação com filhos adolescentes

Daí a importância de ter uma boa comunicação com as crianças, especialmente nesta fase "difícil", como a adolescência, onde o acompanhamento e um bom modelo de família serão bem-sucedidos em relacionamentos futuros e no comportamento daquela criança que está agora através da adolescência no caminho para a vida adulta.


Quando um adolescente propõe uma proposta que os pais considerem inadequada, ou que envolva até mesmo um risco inadmissível, é o momento chave para poder se engajar em uma conversa com ele em uma linguagem que compreenda e com as formas apropriadas de receber esse "não". sem se sentir agredido.

As diretrizes são baseadas na ideia de ouvir ativamente. Deixe ele te dizer. Seja comunicativo com seu filho e tente entender os sentimentos que estão gerando antes de responder a um ressonante não. Explique por que você diz não e oferece outros pontos de vista que são atraentes e servem de modelo. Dessa forma, você não se sentirá rejeitado a princípio e ajudará a entender por que você não concordou com o que ele propôs.


Eles estão em um estágio de aprendizado e precisam experimentar. Há muitas propostas que os adolescentes fazem e que os pais não gostam ou não parecem apropriados. Temos de evitar o constante "não", por isso é bom reservá-lo para as propostas que parecem inadmissíveis.

Diante do momento em que devemos dar um retumbante "não", a comunicação é mais uma vez a chave. Permita-o e peça-lhe para lhe dar outra alternativa. Proponha se ele não o ver e se estiver disposto a aceitá-lo, desde que a decisão tomada seja menos arriscada ou mais oportuna do que aquela que seu filho inicialmente propôs, mesmo que não seja o que você queria. Encontrar soluções consensuais será de grande ajuda para o adolescente nesta fase sentir parte integrada do núcleo familiar e não um "mal entendido".

Dicas para conversar com nossos adolescentes

1. Enfrente suas emoções O que você está sentindo? Sem ir diretamente para julgar suas idéias, ou criticá-las. Devemos ter cuidado para não cancelar seus sentimentos, mas acompanhá-los através de nosso próprio exemplo, que será seu melhor guia, para verbalizar sentimentos e pensamentos.


2. Reforce a ideia de que você o entende. Para incentivar a expressão de sentimentos, podemos também nos ajudar com expressões que reforcem a ideia de que estamos ouvindo e compreendendo-as. É simplesmente uma questão de intercalar discursos que lhes mostram nossa escuta ativa, como um "eu vejo". Isso fará com que o adolescente preveja nossa compreensão e empatia em relação a seus sentimentos.

3. Marque os limites desde o início em vez de corrigi-los diretamente para evitar constantemente levantar novos argumentos. E quando o debate surge, em vez da clara negação, pode-se recorrer à proposta de alternativas. A adolescência é conhecida por seu egocentrismo, portanto, alimentá-los com outros pontos de vista beneficiará seu desenvolvimento.

4. Use a suposição condicional. Uma boa técnica é, uma vez corrigir seus desejos diretamente (muitas vezes irreal e imaturo), concedê-los com fantasia ("Isso seria bom", "o que seria como se você pudesse fazê-lo?") Pode ser um bom mecanismo de abordagem e ao mesmo tempo O adolescente se sente seguro e confiante para expressar suas emoções. Reduziremos sua ansiedade e, ao mesmo tempo, será o próprio adolescente quem vai verificar os benefícios e malefícios de sua proposta.

Propósitos de mudança na comunicação com adolescentes

- Em vez de atacar a criança, descreva como se sente.
- Em vez de acusar, informe.
- Em vez de ameaçar ou dar ordens, oferecer opções: fomenta a autonomia e serve de modelo, ou seja, o pai / mãe, por meio de suas ações, deve servir de exemplo para o próprio pensamento do adolescente.
- Em vez de "dar as brasas" com longos sermões, diga com uma única palavra.
- Em vez de sempre recorrer a repreensões, use meios surpreendentes, como senso de humor, para dizer coisas.
- Use notas, letras, para dizer coisas. Permitem mais reflexões do adolescente, evitam confrontos que acabam direcionando a discussão nas formas e não na mídia.

Raquel García Zubiaga. Psicólogo do Instituto de Neurociências Aplicadas à Educação

Vídeo: PAIS E FILHOS


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