Conflito de direitos: redes sociais e privacidade

Neste mundo virtual, muitas vezes podemos encontrar pessoas "non grata" que, no caso das crianças, podem enfrentar um conflito que as excede. Isso foi entendido pela Câmara Criminal do Supremo Tribunal Federal, que em um julgamento decidiu fazer prevalecer o direito de tutela sobre o direito à privacidade se os pais suspeitarem que seus filhos são vítimas de assédio. Desta forma, os pais terão controle sobre as redes sociais que seus filhos usam.

Assim, A partir de agora, os pais podem rever a atividade de seus filhos se tiverem evidências bem fundamentadas de que estão sofrendo algum tipo de assédio. Esta jurisprudência ocorre no caso de Abel R.M., um assediador sexual, que foi acusado de assediar vários menores através da Internet. Durante vários meses, o réu manteve contato com os menores, apesar de saber a idade das meninas e até mesmo pediu-lhes para ficar com ele.


Quando a mãe de uma das vítimas tomou conhecimento desse assédio, denunciou Abel e forneceu como prova as conversas do acusado e de sua filha. A Audiencia de Tarragona considerou o réu culpado e sentenciou-o a três anos de prisão e dez anos de liberdade condicional. No entanto, após a sentença, o réu interpôs recurso porque entendeu que a prova fornecida era de origem ilícita e que a obtenção violava o direito do menor à privacidade.

Conflito de direitos: entre tutela e privacidade

Em vista deste recurso, a Suprema Corte enfatizou que, na verdade, uma menor de 15 anos, em pleno uso de suas faculdades mentais, deve autorizar seus pais ou responsáveis ​​a acessar o conteúdo de sua atividade nas redes sociais. No entanto, o Supremo Tribunal também salientou que esta privacidade pode ceder "na presença de outros interesses constitucionalmente protegíveis".


A decisão também indica que, nesse caso, foi a mãe que invadiu o Facebook de sua filha e não outro indivíduo. Nesse sentido, a Suprema Corte entende que a mãe é a detentora da autoridade parental, considerada como função de instrução, ou seja, que protege e protege o menor. Assim, no cumprimento dessa tarefa, a mãe acedeu ao perfil de sua filha diante dos claros sintomas de que uma atividade criminosa estava ocorrendo.

Conselhos sobre o uso adequado de redes sociais

Para evitar gerar situações como as deste caso, é conveniente ensinar nossos filhos a administrar seus perfis na Internet, já que a ausência de uma figura paterna nesse assunto pode fazer com que as crianças encontrem um problema que possa ser Eles não saberiam como reagir. Portanto, é importante acompanhar nossos filhos quando eles começam no mundo das redes sociais para aconselhá-los e fazê-los evitar muitos problemas.


1. Não forneça muita informação ao criar um perfil nas redes sociais. Desta forma, será possível evitar que pessoas indesejáveis ​​conheçam o endereço de nossos filhos ou o número de telefone. Ao mesmo tempo, é aconselhável que o nome que eles decidam usar na Internet não inclua pistas sobre sua idade ou ano de nascimento, bem como quaisquer outros dados privados que possam dar pistas.

2. Precisa proteger seu perfil na internet para que ninguém que não seja conhecido possa acessar o conteúdo do usuário.

3. Seleção de amigos. Neste sentido, também é aconselhável recomendar menores que são críticos quando admitem novos amigos em redes sociais para que ninguém que seja completamente confiável possa ver suas publicações e evitar o uso indevido da atividade on-line de nossos filhos. .

4. Estabelecer comunicação direta e aberta com menores sobre o uso de redes sociais. Desta forma, podemos saber se nossos filhos são vítimas de assédio na web ou se eles têm um problema que os excede.

5. Avise dos perigos. Ao mesmo tempo, é aconselhável entender o perigo de marcar uma reunião com uma pessoa conhecida nas redes sociais, pois poderia acontecer que o perfil dela fosse falso e cujas intenções não fossem o que ele mostrara inicialmente.

6. Coloque o computador em um local de uso comum dentro da casa. Desta forma, podemos verificar se os nossos filhos estão com problemas, além de estar perto de aconselhar sobre o uso da Internet quando as crianças se deparam com uma situação além da sua compreensão. Neste espaço comum, você também pode criar regras de uso para redes sociais que ensinarão nossos filhos a usar a Internet de maneira responsável em caso de ausência da figura paterna.

Damián Montero

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