Quase 600 menores protegidos pela violência de gênero na Espanha

O violência de gênero também atinge menores, e mais e mais. Em 2014, 576 meninas menores de idade foram protegidas por violência de gênero, o que representa um aumento de 15,4 por cento em relação a 2013, quando as vítimas de maus-tratos com menos de 18 anos não chegaram ao meio milhar.

O relatório anual do Registro de Violência Doméstica e Gênero, publicado no início deste mês pelo Instituto Nacional de Estatística, revela esses dados preocupantes sobre o violência nos relacionamentos e famílias.

Violência de gênero na Espanha

Conforme revelado pelos dados, no final de 2014 havia um total de 27.087 mulheres registradas como vítimas de violência de gênero, aqueles que tinham uma idade média de 36,2 anos, que permanece em linha com outros anos.


Quanto aos abusadores, há um total de 26.987 homens denunciados por violência de gênero com ordens de proteção ou medidas cautelares. Por sua vez, sete dos dez nasceram na Espanha e quase a metade tinha entre 30 e 44 anos. Neste caso, houve um aumento nos menores relatados: aumentou 18,4% e há um total de 90 casos registrados.

Outro fato importante dessas estatísticas é que apenas em 26,2 por cento dos casos a vítima e o acusado eram casados, enquanto em 6,8 por cento eram ex-cônjuges. 23,3 por cento tinham um relacionamento de fato no momento da denúncia e 20,8 por cento já haviam quebrado.


Violência doméstica

Se olharmos para os dados sobre violência de gênero, isto é, o que é exercido por um homem e uma mulher sobre outros membros da família, em 2014 um total de 7.084 vítimas com ordem de proteção, 0,3% a mais que em 2013. Destes, a maioria (61,8%) era de mulheres.

Mas não só isso, se olharmos para a idade das vítimas de violência doméstica, descobrimos que um em cada cinco são menores: um total de 1.372 em 2014, dos quais 561 eram crianças e 811 eram meninas.

Mães agredidas por seus filhos

Outro fato preocupante é que isso indica que em 28,3% dos casos a vítima de violência doméstica era uma mãe que estava sendo agredida por seus filhos. Em 24,8 por cento dos casos, as vítimas foram as crianças, em 12,2 por cento foram os pais e em 10,5 por cento os irmãos.


Tudo isso destaca a necessidade de lutar por famílias unidas em que prevalece a comunicação e não a violência, recorrendo, se necessário, à mediação familiar para resolução de conflitos. Como se costuma dizer, a família é "a melhor rede social do mundo", nela deve haver muitos valores positivos, e não violência ou solidão.

Angela R. Bonachera

Vídeo: Zeitgeist: Moving Forward (2011)


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