Quando ir ao terapeuta da fala

O distúrbios de linguagem Eles abrangem uma infinidade de aspectos que passam por questões como compreensão, produção, gestos, socialização ou fala das crianças. Identificar possíveis anomalias e saber quando será necessário ir a um fonoaudiólogo, é necessário conhecer o processo de aquisição da linguagem normal e suas diversas etapas.

Devemos distinguir claramente os diferentes componentes afetados nos distúrbios de linguagem, como fala, gramática ou vocabulário, e processos como compreensão ou expressão. Daí a importância do diagnóstico diferencial que um profissional credenciado deve realizar.


Problemas na linguagem podem ser sintomas secundários de algum transtorno geral do desenvolvimento, como autismo ou síndrome de Down, mas há um grupo de crianças nas quais, durante o crescimento normal, problemas aquisição de linguagem. Neste último caso, o mais comum, o espectro de problemas é amplo, geralmente são identificados tardiamente e geram controvérsias quando intervir com um tratamento.

Dentro desse grupo, o diagnóstico é complexo, pois na maioria dos casos, a criança com problemas de linguagem geralmente apresenta déficits mistos que combinam expressão e compreensão. Nesta última área, embora existam testes para detectar atrasos na compreensão, o problema só aparece quando a criança enfrenta o problema. aprendendo a ler.


Os especialistas apontam que entre o nascimento e os 6 anos, há um período de extraordinária plasticidade cerebral. Os distúrbios de linguagem são dinâmicos e podem melhorar ou resultar em falsos positivos, mas "esperar é uma má política", porque a recuperação é muitas vezes ilusória. Portanto, a intervenção precoce é importante, independentemente da idade da criança, desde que haja atrasos, por exemplo, no falar, porque esperar no momento da leitura dificulta o prognóstico e sempre tem consequências globais no processo de aprendizagem da criança.

Estágios do desenvolvimento da linguagem em crianças

Conhecer os estágios do desenvolvimento da linguagem em crianças ajudará os pais a identificar possíveis anomalias ou atrasos. Estes são os principais aspectos que os pais devem observar no desenvolvimento comunicativo de seus filhos:

- Primeiro ano e meio de vida: Durante esse período, os bebês usam estratégias cada vez mais sofisticadas para se comunicar com os pais. Desde os gritos mais iniciais até sorrisos como reclamação, os gorgolejos, antecipação gestual antes dos primeiros jogos (cuco) e o jogo com sons através de sequências sonoras. Estes primeiro incluem as vogais e depois progridem para o uso de consoantes e depois combinam ambos os elementos. É hora dos primeiros jogos, trocas comunicativas e socialização dos bebês. Se um ano e meio a criança só usa vogais, é o primeiro sintoma de que algo não está certo.


-  Entre 18 e 24 meses: é um estágio muito importante porque as crianças já estão começando a usar palavras. Nessa idade, eles usam várias palavras e começam as primeiras combinações de duas palavras que constituem o início da sintaxe. A falta de combinação de palavras é um claro marcador clínico de que a criança é candidata a um distúrbio de linguagem.

-  De 2 a 4 anos: é o estágio da explosão lingüística, em que mais e mais vocabulário é usado e que permite que, de um mês para o outro, as crianças aprendam a executar frases simples (sujeito, verbo e objeto).

- 4 anos depois: a construção da linguagem oral é mais elaborada e aos 5 anos já existe uma complexidade que lhes permite contar experiências e contar pequenas histórias.

A partir dos 3 anos já existem instrumentos de avaliação de linguagem poderoso que permite detectar problemas de produção e compreensão. Nesta fase, é essencial que a criança tenha interesse em comunicar e que os marcos do desenvolvimento da linguagem seguem um ao outro normalmente: construção de vocabulário, combinação de palavras, explosão lingüística e frases cada vez mais elaboradas.

Expressão, compreensão e articulação em crianças

Nos distúrbios de linguagem, a expressão e a compreensão podem intervir e se combinar com problemas de fala. No que diz respeito à linguagem expressiva, aspectos como dificuldades na elaboração de frases simples, contar uma história, conjugar verbos ou usar derivações de palavras (pão, padeiro, padaria) são examinados.

Em relação ao campo de compreensão, é possível que os problemas passem despercebidos na criança até que o estágio de leitura seja apresentado e claramente manifestado no campo da linguagem oral e escrita. São os mais difíceis de diagnosticar e, para tanto, as narrativas e imagens visuais que aparecem nas histórias infantis são utilizadas como ferramenta.

Na maioria dos casos, os pais chegam ao consultório do fonoaudiólogo devido a problemas de fala articulatórios. Estes podem ter uma base neurológica ou orgânica, como disfunção cerebral ou anormalidade em regiões associadas ao desenvolvimento da fala ou defeitos físicos em órgãos periféricos, como língua, mandíbula ou dentes.

Quando o componente não é orgânico, mas funcional, seria dislalias. Esses distúrbios funcionais são derivados de aspectos como coordenação deficiente de órgãos envolvidos na linguagem, mau hálito, tensões ou nervos ou um contexto socioeconômico em que há imprecisões na linguagem. Todos esses aspectos têm um prognóstico melhor e se recuperam bem.

Tratamento de distúrbios de linguagem

Todos esses distúrbios de linguagem podem ser melhorados se houver um ambiente adequado na sala de aula da criança, se o professor atuar e realizar atividades que ajudem a corrigir esses problemas e se depois em casa a criança continuar sendo apoiada por uma correção apropriada. Mas tudo isso supõe uma ampla margem de variabilidade em que os diferentes resultados aconselham a intervenção de um especialista.

Os tratamentos de linguagem são longos e o progresso feito deve ser verificado na criança. Em muitos casos, quando os pais vêem uma progressão positiva rápida, eles deixam o tratamento, o que faz com que os problemas voltem a ocorrer.

Embora seja difícil estabelecer um padrão genérico de ação, uma vez que depende do problema e da criança, há casos em que os distúrbios funcionais da fala (dislalias) podem ser corrigidos em duas ou três sessões semanais por dois ou três meses.

Victor Acosta. Presidente da Associação Espanhola de Fonoaudiologia, Fonologia e Audiologia.

Vídeo: Sinais de alarme para ir a um terapeuta da fala Dra Inês Freitas


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