Ressonância magnética da mama para diagnóstico precoce
Hoje há grandes avanços tanto no tratamento quanto diagnóstico precoce de câncer de mama. Os exames médicos oferecem, cada vez mais, melhores resultados que fornecem informações úteis e detalhadas sobre o estado do tumor, para que os especialistas possam decidir qual o melhor tratamento para cada paciente. Este é o caso da Ressonância Magnética (RM). Técnica menos conhecida que a mamografia e a ultrassonografia, embora cada vez mais utilizada atualmente devido à sua enorme sensibilidade e utilidade em muitos casos.
O que é a ressonância magnética da mama?
O Ressonância magnética da mama é uma técnica que utiliza ímãs e ondas de radiofreqüência para aquisição de imagens de alta qualidade e detalhadas, evitando o uso de radiação ionizante.
Ao contrário da mamografia e do ultra-som, Ressonância magnética da mama Possui alta sensibilidade e permite a visualização de imagens em 3 dimensões, alcançando uma alta resolução espacial que, em muitos casos, não é alcançada com o restante das técnicas convencionais.
Quando deve ser feita uma ressonância magnética de mama?
1. Como teste de triagem em pacientes de alto risco: pacientes com risco de câncer de mama maior que 20%. Nestes casos mamografia e ressonância magnética mamária será realizada após a idade de 35 anos e ultra-sonografia e ressonância magnética mamária abaixo de 35 anos. Esses pacientes são:
- mutação genética BRCA-1 ou BRCA-2.
- Parentes de primeiro grau de pacientes com a mutação BRCA-1 ou 2.
- Pacientes que receberam RT no tórax antes dos 30 anos.
- Outras anomalias genéticas: Sme. Li-Fraumeny, Sme. Peutz-Jeghers, Sme. Cowden
2. Como teste de diagnóstico: a fim de obter um diagnóstico mais preciso em algumas situações:
- Em pacientes com carcinoma de mama oculto, isto é, com metástase ou envolvimento axilar de origem desconhecida, quando a mamografia e a ultrassonografia são normais. Nestes casos, foi demonstrado que a ressonância magnética mamária é capaz de detectar lesões mamárias que mamografia e ultra-som não vêem, quando a origem das metástases é na mama.
- Em pacientes em seguimento com história de câncer de mama: diferenciar cicatriz de recorrência quando há dúvidas com testes convencionais.
- Em pacientes com carcinoma já diagnosticado como um estudo pré-operatório: para avaliar o tamanho e a extensão do tumor. Determina a extensão da doença nessa mama e exclui a doença no contralateral. Proporciona maior sensibilidade na detecção de tumores invasivos.
- Resolver dúvidas não esclarecidas com testes convencionais ou em casos de divergências clínico-radiológicas.
- Em pacientes com implantes ou próteses de mama com suspeita de ruptura não confirmados com testes convencionais.
3. Para fins terapêuticos: modificar ou decidir sobre possíveis tratamentos que o paciente está recebendo:
- Em pacientes com câncer confirmado no tratamento com quimioterapia neoadjuvante (antes do tratamento cirúrgico): avaliar a resposta ao tratamento quimioterápico antes da cirurgia. Quando esta resposta é favorável, permite-nos, por um lado, reduzir a quantidade de tecido que deve ser removida durante a cirurgia e, por outro lado, obter informações sobre o prognóstico da doença.
- Em pacientes com cirurgia para câncer de mama com margens afetadas: excluir doença residual.
Dr. Silvia Pérez Rodrigo e Dr. José Luis Pérez Aranda. Unidade Radiológica de Patologia Mamária do Hospital La Milagrosa, de Madri.